Desvendamos o ecossistema de São Paulo Desvendamos o ecossistema de São Paulo

Desvendamos o ecossistema de São Paulo

Veja os principais pontos de destaque da capital paulista no ecossistema

Dizer que São Paulo é o principal polo de tecnologia e inovação do Brasil e um dos principais da América Latina é chover no molhado. Pois, a cidade considerada a capital dos negócios também é solo fértil para o ecossistema que mais cresce no mundo: da tecnologia e inovação.

A terra da garoa foi eleita como um dos 30 ecossistemas com maior potencial de crescimento no mapeamento global da organização internacional Startup Genome, o Global Startup Ecosystem Report (GSER) 2019, que foi divulgado em maio do ano passado. O levantamento é um dos mais abrangentes sobre o mundo das startups e se baseia em dados de milhares de startups e empresas ao redor do mundo.

Na pesquisa, a capital paulista se destacou, ainda, nos segmentos fintechs e saúde, além de ser classificada entre os Top 10 ecossistemas globais para talentos.

E o que faz São Paulo chegar a este patamar? Por meio de um raio-x, vamos mostrar os principais pontos de destaque da capital paulista no ecossistema. Confira!

Coração dos negócios

São Paulo, conhecida como o coração dos negócios do país, também é o principal terreno para abrir empresas de tecnologia e inovação. A cidade abriga 2.649 startups e mais de 400 espaços de inovação. São Paulo representa 46% das empresas de tecnologia e inovação da região sudeste, acordo com dados levantados pela Associação Brasileira de Startups (ABStartups) em 2019.

Os setores com mais startups em São Paulo, são educação (198) e finanças (171). Segundo o mapeamento atualizado da associação, ainda aparecem segmentos como internet (117), e-commerce (109), saúde e bem-estar (99), advertising (87), TIC e Telecom (74), comunicação e mídia (68), varejo/ atacado (63) e outros (169).

Mais de 480 das startups estão na fase de tração, enquanto outras 294 estão em operação. Cerca 190 empresas estão no estágio scale up. Já o número de empresas em fase de ideação é de 206. Startups estão fora de operação são 379.

O público-alvo da maioria das startups é B2B, seguido do B2B2C e B2C. Já em relação ao modelo de receita, 429 empresas utilizam o modelo SaaS, enquanto para outras 266 é marketplace.

O levantamento da ABStartups, também traz outras maneiras de receita, como: e-commerce (106), consumer (62), hardware (24), venda de dados (22), licenciamento (12) e API (100. De acordo com a associação, 193 startups classificaram seu modelo de negócios como “outros”.

A pesquisa GSER também ressaltou que isenções fiscais sobre receita e taxas de importações e exportações são atrativos que fazem a cidade de destacar para quem quer criar um negócio.

Celeiro de Unicórnios

Atualmente, o Brasil possui 11 unicórnios (PagSeguro, Stone Pagamentos, Ebanx, Arco Educação, Loft, Nubank, Loggi, iFood, Gympass, 99 e QuintoAndar). Essas empresas, nove estão situadas em São Paulo, tornando-a o celeiro de unicórnios do país.

Por ser o maior polo econômico brasileiro, a capital paulista concentra os principais elementos para o desenvolvimento de um negócio. De acordo com o diretor executivo da ABStartups, José Muritiba, estes elementos são: os principais players do mercado, fundos de investimento, hubs de inovação, acesso à tecnologia e talentos.

Fomento do ecossistema

Com mais de 400 espaços de inovação, São Paulo também é referência neste segmento. Entre os locais, se destacam o Cubo Itaú, InovaBra Habitat, Casa Oracle, Google Campus e Estação Hack (do Facebook).

A capital paulista oferece um cardápio recheado os principais eventos de tecnologia e inovação não só do Brasil, mas como também da América Latina. Entre os principais agentes de fomento do ecossistema, está a comunidade ZeroOnze que oferece eventos, ações e happy hours, além de mentorias.

Qualidade de ensino

A edição de 2019 do GSER também elencou o ensino como um dos motivos para criar ou desenvolver um negócio focado em tecnologia em São Paulo. O levantamento, a presença de universidades com perfil científico e tecnológico, dentre as quais a Universidade de São Paulo (USP).

O 100 Super Founders, levantamento realizado no ano passado pela pela Dataminer (braço de pesquisa da plataforma Distrito), revelou que as instituições de ensino da capital paulista que mais apareceram na pesquisa no quesito “gradação” são USP, Mackenzie e ESPM. A USP, que já foi considerada por dois anos consecutivos a universidade mais empreendedora do país, possui o maior número de egressos.

Dentre os empreendedores ex-alunos da USP que mais se destacaram, estão os co-fundadores da Gympass, Cesar Carvalho e João Thayro, os fundadores do iFood, Eduardo Baer, Felipe Ramos, Patrick Sigrist e Guilherme Bonifácio e dos criadores da 99, Ariel Lambrecht, Renato Freitas e Paulo Veras, além da Cristina Junqueira. Para saber quais sobre o perfil dos empreendedores paulistas, confira nossa matéria especial sobre o tema.