Por Tiságoras Mariani, Daniela Froener e Layon Lopes*
As fintechs estão mudando o mercado financeiro brasileiro, seja pelo aumento da eficiência e concorrência no mercado de crédito, seja pela agilidade nas transações, seja pela diminuição de burocracia no acesso ao crédito ou no oferecimento de serviços financeiros mais acessíveis à população. Com o aumento de players no mercado, foi necessário criar categorias de fintechs para distinguir os serviços de cada uma para a população.
O Banco Central do Brasil (Bacen) afirma que existem dez categorias de fintechs, em que apresentamos as características de cada uma abaixo:
1) Fintechs de Crédito: As fintechs de crédito são empresas que oferecem serviços financeiros de crédito de forma 100% digital, com taxas de juros mais atrativas e sem burocracia. A sua estrutura é por meio de uma Sociedade de Crédito Direto (SCD) ou Sociedade de Empréstimo Entre Pessoas (SEP).
Se você quiser saber mais sobre o mercado das fintechs de crédito, basta acessar este artigo.
2) Fintechs de Pagamento: As fintechs de pagamento são empresas que oferecem soluções e serviços de credenciador ou subcredenciador para facilitar o processamento de pagamentos, tudo através de novas tecnologias. A sua estrutura é, via de regra, de uma Instituição de Pagamento.
Se você quiser saber sobre credenciador e subcredenciador, basta acessar este artigo.
3) Fintechs de Gestão Financeira: As fintechs de Gestão Financeira são as empresas que oferecem serviços de controle de despesas que oferecem ferramentas para facilitar o controle fiscal, folha de pagamento, faturamento e contabilidade.
4) Fintechs de Empréstimo: são as instituições financeiras especializadas em oferecer crédito com taxas de juros inferiores do que aquelas praticadas pelos bancos tradicionais, sendo toda a operação 100% digital.
5) Fintechs de Investimento: são as empresas que buscam oferecer ao usuário a oportunidade de realizar investimentos no mercado financeiro, imobiliário, cambial ou em criptomoedas, por exemplo, de forma fácil e desburocratizada, como por exemplo, a Warren.
6) Fintechs de Financiamento: Semelhante ao conceito das fintechs de empréstimo, são empresas que oferecem taxas de juros mais atrativas que os bancos tradicionais de forma 100% digital, para facilitar no financiamento de veículos, imóveis e bens assemelhados.
7) Fintechs de Seguro: Também conhecidas como Insurtechs, são empresas focadas em desburocratizar o mercado de seguros, ao prestar serviços de forma digital e fácil. Para as Insurtechs, é preciso seguir as normas previstas na Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
8) Fintechs de Negociação de Dívidas: Como o próprio nome diz, estas empresas buscam negociar dívidas dos usuários com os seus credores – em especial as instituições financeiras. O objetivo dessas fintechs é realizar a negociação das dívidas com agilidade e condições vantajosas que propiciem ao devedor ficar em dia com suas obrigações.
9) Fintechs de Câmbio: As fintechs de câmbio são empresas que atuam na oferta de soluções tecnológicas para o mercado cambial, abrangendo serviços como: remessa de valores para o exterior, comparadores de preço exchange. Estas fintechs também costumam oferecer condições vantajosas para se diferenciar no mercado.
A propósito, recentemente foi sancionado o Marco Legal do Câmbio. Se você quiser saber mais detalhes, basta acessar este artigo.
10) Fintechs de Multisserviços: São as empresas que oferecem os serviços de Banking as a Service (BaaS) e Fintech as a Service (FaaS). O BaaS é a tecnologia que possibilita qualquer empresa oferecer serviços financeiros sem a necessidade de pedir autorização ao Banco Central do Brasil, ao passo que o FaaS é o modelo de negócio que oferece serviços e soluções financeiras para empresas dos mais variados segmentos por meio de uma plataforma white label.
Se você quer saber mais sobre BaaS e Faas, basta acessar este artigo.
Mercado – O ecossistema brasileiro de tecnologia e inovação conta com 11394 startups ativas, das quais 1290 atuam inovando no setor financeiro, de acordo com informações divulgadas pela Distrito.
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*Lopes é CEO do Silva Lopes Advogados, Froener é COO e Mariani é integrante do time do escritório.
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