Por Victória Goldenfum e Layon Lopes*
O ano de 2018 se demonstrou promissor no quesito aporte de investimentos estrangeiros em empresas de tecnologia no Brasil. Após a crise econômica, diversas empresas nacionais conseguiram superar os desafios encontrados e iniciaram a recuperação do mercado. Este movimento voltou a despertar o interesse dos investidores e não é a toa que neste ano, presenciamos o desenvolvimento de grandes unicórnios no nosso ecossistema. O amadurecimento do mercado interno demonstrou consistência ao mercado internacional, o que gerou uma nova onda de negócios e perspectivas para as empresas nacionais.
Mas enfim, o que são unicórnios? Este apelido caracteriza startups de tecnologia que passaram da marca de avaliação no valor de US$ 1 bilhão ou mais. Criado em 2013 nos Estados Unidos, o termo designava um patamar de desenvolvimento para apenas 39 empresas americanas, de acordo com o site TechCrunch. Entretanto, o “Clube dos Unicórnios” não limitou-se a este nicho, expandindo-se em número e em nacionalidade com o passar dos anos. Atualmente, de acordo com o levantamento realizado pela CBINSIGHTS coexistem 292 companhias unicórnios ao redor do globo, acumulando um total de valuation de US$997 bilhões. Países como China, Índia, Israel e até a Argentina já haviam presenciado o surgimento de grandes investimentos no mercado de startups.
No Brasil, este patamar foi alcançado em 2018, mais precisamente a partir do dia 2 de janeiro, com a aquisição do aplicativo de transporte 99 Taxi, pela empresa chinesa Didi Chuxing. Através de transação de aproximadamente US$ 600 milhões, a 99 torna-se a pioneira brasileira a receber o apelido de unicórnio.
No período dos três meses seguintes, mais duas empresas brasileiras entraram para o time. Dessa vez foram as plataformas financeiras que roubaram a cena. A empresa brasileira de pagamentos eletrônicos, PagSeguro, alcançou esta marca simbólica com o valuation de US$2.3 bilhões. Entretanto, alguns consideram o título à Pagseguro indevido, pelo fato desta não ser uma empresa independente, mas sim pertencer à UOl, que por sua vez faz parte do Grupo Folha.
O terceiro (ou segundo) unicórnio brasileiro é o aplicativo de crédito NuBank. Empresa independente alcançou a marca em fevereiro deste ano. De acordo com o fundador e presidente da empresa, Davi Vélez, a companhia de crédito alcançou o valuation de US$ 1 bilhão antes de receber o investimento de US$150 milhões pela DST Global. A startup não para de crescer, inclusive já firmou parceria em outras rodadas de investimento como a chinesa Tencent, dona do WeChat.
Agora a pergunta que não quer calar: esta onda de crescimento irá continuar a acontecer em nosso ecossistema? E além disso, qual será o próximo unicórnio brasileiro? Diversos unicórnios podem aparecer no cenário brasileiro, pelo enorme potencial e capacidade existente no mercado. De acordo com a Exame, diversos nomes são promissores neste sentido, entre estas estão: Movile, empresa que está por trás de grandes aplicativos para smartphones no Brasil, como o iFood ou o Play Kids; e a Zenvia, que fornece tecnologia para relacionamento de empresas e consumidores, como criação de chatbot – a empresa é parceira do Silva | Lopes Advogados.
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Foto: Divulgação.
* Lopes é CEO do Silva | Lopes Advogados e Goldenfum é integrante da equipe do escritório.