Por Leonardo Schmitz e Layon Lopes*
O mercado de empresas de tecnologia, como as startups, agrotechs e fintechs, está aquecido no Brasil e nos principais centros mundiais. Este cenário efervescente desperta grande interesse de investidores em participar desse ecossistema, afinal com tantos casos de empresas de sucesso que receberam um valuantion milionário em um período curto de atuação, quem não iria querer fazer parte desse mercado? No entanto, a verdade é que investir em empresas de tecnologia e inovação pode parecer muito cool, mas é um investimento de alto risco e para mitigá-lo deve se tomar uma série de cuidados.
Antes de aplicar o capital na primeira startup em que ouvir falar, o investidor deve agir como se fosse um outro investimento qualquer. E nesse caso o que é necessário? Estudar muito! É importante que o investidor se inteire sobre o mercado, conheça bem o negócio que pretende participar e verifique se existe sinergia com os fundadores da empresa.
Nesse sentido, a primeira recomendação para o investidor é que conheça bem as pessoas que estão por trás do negócio, entender seus perfis, como lidam sob pressão. Isto porquê, boa parte do sucesso da startup depende das capacidades e competências destes empreendedores.
Uma vez identificado que estes empreendedores são pessoas nas quais vale a pena investir, é de suma importância entender qual a relevância do dinheiro a ser empregado na startup, por qual razão ele é necessário e como este capital ajudará o negócio a se desenvolver. Concluindo que de fato faz sentido o aporte financeiro na empresa, o investidor poderá se fazer mais uma pergunta: como eu poderei contribuir para o crescimento deste negócio?
Apesar de um aporte financeiro, via de regra, ser fundamental para uma startup, ele se torna muito mais promissor e indispensável quando o investidor representa mais que um injetor de capital, mas também um consultor. Ou seja, deve identificar como o seu know-how pode auxiliar os investidos a se desenvolver. Assim, o seu dinheiro passa a ser um smart money, tendo em vista que virá acompanhado por um investidor com experiência no mercado de atuação da startup, podendo atuar como um consultor estratégico dado o seu conhecimento na área.
Outros dois pontos que o investidor deve observar antes de investir em uma empresa de tecnologia são: a escalabilidade do modelo de negócio, bem como qual o problema que ela se propõe em resolver.
Dessa forma, é essencial buscar uma startup que ofereça um produto ou serviço que faça sentido para o seu público-alvo, que realmente ataque uma dor existente entre os seus possíveis clientes e a resolva. Esta solução deve se traduzir em um diferencial de mercado – muitas startups acabam falhando ao oferecerem soluções para questões que não são problemas reais. Não representando nenhuma inovação ou disrupção e, por isso, acabam não se validando positivamente com o tempo.
Em relação a escalabilidade da empresa, o investidor deve constatar se de fato o modelo de negócio viabiliza um crescimento de receita em progressão geométrica enquanto os custos de operação cresceram em uma progressão aritmética. Ou seja, a receita deve aumentar muito mais rapidamente que os custos, proporcionando uma excelente margem de lucro com o decorrer do tempo.
Portanto, é primordial que o investidor antes de aplicar seu dinheiro em uma startup, análise se de fato ela cumpre uma série de requisitos indispensáveis para ser considerada promissora. Este tipo de operação possui um risco elevado, motivo pelo qual é substancial ser criterioso, a fim de diminuir os riscos do investimento e aumentar as suas chances de participar de um negócio milionário.
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Foto: Divulgação.
*Lopes é o CEO do Silva | Lopes Advogados e Schmitz integra a equipe do escritório.