Bancos Digitais: revolução das instituições financeiras Bancos Digitais: revolução das instituições financeiras

Bancos Digitais: revolução das instituições financeiras

Os bancos digitais trazem novas propostas e tecnologias nasceram para solucionar as trocas financeiras contemporâneas

Por Victória Goldenfum e Layon Lopes *

O aperfeiçoamento das tecnologias mobile e o aumento de sua utilização modificaram os hábitos comportamentais no século XXI. Trocas financeiras mais rápidas e mais confiáveis foram sendo cada vez mais requisitadas, e assim, com o banco disponível 24h por dia na palma da sua mão, o mobile banking revolucionou o relacionamento entre bancos e seus clientes.

Comprar, investir e quitar dívidas tornaram-se procedimentos cada vez mais acessíveis e mais atrativos para a população. As facilidades encontradas no uso dos aplicativos, junto com a comodidade e confiança nos sistemas de segurança dos bancos, difundiram internacionalmente a sua digitalização.

É neste cenário que surgem as fintechs do sistema bancário, conhecidos como bancos digitais. Trazendo novas propostas e tecnologias estas instituições nasceram para solucionar as trocas financeiras contemporâneas.

Com a nova configuração de atendimento online ao cliente, restringiu-se o custo com agências físicas e burocracia excedente. O que resultou desta alteração foi a diminuição de demais passivos e, consequentemente, maiores margens de negociação, as menores taxas de juros do mercado além da opção de cartões de crédito sem anuidade.

Além de tarifas atraentes, os bancos digitais investiram no marketing digital e em designs diferenciados de seus cartões para atrair os seus clientes.

Esta relação foi ficando cada vez mais personalizada e com o aumento no número de correntistas, os bancos passaram a implementar fortemente tecnologias na área da análise dados. Utilizada para detectar padrões comportamentais, os bancos entenderam que customizar seu atendimento e personalizar as tomadas de decisão, resultavam em taxas de adesão maiores e no enxugamento de custos.

Assim, ao cadastrar-se no banco digital, o cliente passou a ser submetido por uma análise de crédito integrada ao sistema de dados online, onde as instituições puderam identificar de forma mais apurada o perfil de compra de cada usuário. Delimitando assim novas estratégias de gestão, riscos, ofertas de produtos e serviços entre outras ferramentas de CRM (Customer Relationship Management).

O investimento em tecnologia revolucionou o sistema financeiro.  Entretanto, este não se limitou apenas a análise de crédito ou perfil de clientes. Atualmente, observa-se no mercado o forte investimento em ferramentas como: inteligência artificial, analytics, machine learning, big data e chatbots. Mensurando o investimento tecnológico do setor, o Fórum Econômico Mundial, em pesquisa parceira com a consultoria Deloitte, avalia que o investimento nas áreas de tecnologia e inteligência artificial pelas instituições financeiras no mundo deve atingir até 2020, o montante de US$ 10 bilhões.

Esta “economia analítica” já é fortemente observada em outros setores econômicos, mas no mercado financeiro ela busca aumentar as vendas, melhorar o relacionamento com os clientes, fidelizá-los, evitar fraudes e criar novos produtos que satisfaçam as necessidades crescentes no futuro.

A digitalização dos bancos nos próximos anos será vital para a sobrevivência dos players existentes. E é através desta perspectiva que observamos dois grandes movimentos de criação de instituições financeiras digitais: a primeira baseada em empresas que já estão nascendo digitais (Born-digital) e a segunda de bancos tradicionais que estão se digitalizando.

Para melhor ilustrar, apresenta-se os principais Bancos Digitais atualmente em destaque no mercado brasileiro: NuBank, Banco Inter, Banco Original, Agibank, Next e Neon.

Além da forte concorrência já existente no ecossistema, o mercado dos bancos digitais não para de crescer. Novos players começam a surgir no ano de 2019, como o novo banco C6Bank, que já nas promete competir diretamente com as demais contas digitais e fintechs estabelecidas. Outra grande novidade para o mercado é a entrada de bancos digitais estrangeiros, como no caso do alemão N26, que anuncia nova atuação no Brasil nos próximos meses.

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Foto: Divulgação.

*Lopes é CEO do Silva | Lopes Advogados e Goldenfum é integrante da equipe do escritório.