FIDC: o que é o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios?

FIDC é um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios. Ele antecipa recebíveis para empresas e oferece rentabilidade a investidores.

FIDC: o que é o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios? FIDC: o que é o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios?

Um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) representa uma ferramenta financeira que transforma dívidas e recebíveis em títulos negociáveis. Sua finalidade principal é a securitização de ativos, permitindo que empresas convertam valores a receber (como duplicatas, cheques ou contratos) em dinheiro imediato. O processo é simples: uma empresa cede seus direitos creditórios a um fundo, que, por sua vez, emite cotas para investidores. Essa operação injeta liquidez no mercado e tem se mostrado um mecanismo de crescimento relevante no cenário financeiro brasileiro, beneficiando tanto empresas quanto investidores.

Conteúdo:

Vantagens do FIDC: Por que empresas e investidores podem considerar?

Para as empresas, o FIDC traz benefícios claros. Ele permite a antecipação de recebíveis, ou seja, a empresa pode receber hoje o valor de vendas ou serviços que só seriam pagos no futuro. Isso melhora o fluxo de caixa e oferece um acesso a capital alternativo, muitas vezes com menos burocracia e custos que empréstimos bancários tradicionais. Dependendo da estrutura do FIDC, a empresa pode, inclusive, mitigar o risco de inadimplência de seus clientes, transferindo-o para o fundo. Além disso, ao otimizar a gestão de seus recebíveis, a empresa consegue focar em sua atividade principal.

Para os investidores, os FIDCs oferecem rentabilidade atrativa, com potencial de retornos que se destacam em relação a outras aplicações de renda fixa. É também uma forma de diversificar a carteira, já que esses fundos possuem baixa correlação com outros mercados. Existem diferentes categorias de FIDCs que oferecem níveis variados de liquidez e prazos de resgate, permitindo flexibilidade ao investidor. Um ponto que se destaca é a isenção de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em algumas operações de FIDC, um benefício fiscal.

 

 

Aspectos legais e regulatórios do FIDC no Brasil

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão responsável por regular os FIDCs no Brasil. Um marco importante para esse mercado foi a entrada em vigor da Resolução CVM 175 em 2 de janeiro de 2023. Essa nova regra consolidou e modernizou as normas existentes, trazendo flexibilizações, como a possibilidade de FIDCs para pessoas jurídicas não financeiras e a ampliação dos tipos de ativos que podem ser securitizados. A resolução também detalha as regras para cotas seniores e subordinadas, que representam diferentes níveis de risco e retorno. A constituição de um FIDC exige uma estrutura jurídica específica, geralmente sob a forma de condomínio, com figuras como administrador, custodiante e gestor. A cessão de crédito e as responsabilidades envolvidas nesse processo são aspectos legais que demandam atenção. Uma assessoria jurídica especializada é um auxílio na due diligence dos direitos creditórios e na mitigação de riscos legais durante a constituição e gestão do FIDC.

 

 

FIDCs: Tipos e cuidados necessários

Existem diversos tipos de FIDC. Alguns são multicedente/multissacado, que reúnem direitos creditórios de vários cedentes e devedores. Há também os FIDCs setoriais, focados em áreas como agronegócio, imobiliário ou varejo. A distinção entre cotas seniores e subordinadas é relevante, pois elas representam diferentes níveis de prioridade no recebimento dos pagamentos e, consequentemente, de risco. Uma categoria mais recente são os FIDCs não padronizados, que permitem a securitização de ativos com características mais específicas.

Ao investir ou operar com FIDCs, é importante conhecer os riscos. O risco de crédito está ligado à inadimplência dos devedores originais. Há também o risco de liquidez, que se refere à dificuldade de vender as cotas rapidamente no mercado secundário. O risco operacional diz respeito a falhas nos processos de gestão do fundo. Para tomar decisões informadas, é fundamental analisar com cuidado o regulamento do fundo, a origem dos créditos e a qualidade da carteira de recebíveis.

 

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A importância da Assessoria Jurídica Especializada em FIDCs

Os FIDCs são ferramentas que oferecem oportunidades para captação de recursos e investimentos. Entretanto, a complexidade de seus aspectos jurídicos e regulatórios exige conhecimento técnico. A assessoria jurídica do Silva Lopes Advogados oferece suporte na estruturação e constituição de FIDCs, na análise de viabilidade e due diligence de operações, na consultoria sobre conformidade com a CVM e na representação em operações de cessão de créditos.

 

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