Por que operar como Correspondente Bancário tornou-se o MVP de muitas fintechs? Por que operar como Correspondente Bancário tornou-se o MVP de muitas fintechs?

Por que operar como Correspondente Bancário tornou-se o MVP de muitas fintechs?

Atuar como Correspondente Bancário de outros bancos para oferta de serviços financeiros que atendam ao modelo de negócio idealizado pela fintech

Por Willian de Rosso e Layon Lopes*

Altos valores, rol de quesitos intermináveis, mercado regulado através de extensas resoluções, enfim, muitos são os desafios do empresário para inovar no mercado financeiro. Não basta ter somente uma ideia boa, ela precisa estar atrelada ao comprometimento e a persistência de quem a obtém para que se atinja seu objetivo.

Surfar no mercado financeiro não é para qualquer um, principalmente em razão da dificuldade em atender com todos os requisitos impostos pelo Banco Central do Brasil (BACEN) para regularizar a operação de empresas financeiras. Cada dia mais cresce o número de empresas que oferecem serviços deste setor. Porém, se engana quem acha que todas elas estão operando com suas respectivas autorizações junto ao BACEN.

Para muitos, empreender no Brasil já é difícil, no mercado financeiro então, nem se fala. Se no mercado comum o empresário já tem chance de seu modelo de negócio não ir para frente, imagine descobrir isso após sete, oito ou dez meses de longos processos de autorização junto ao BACEN?

Então, eis a questão: como a fintech irá validar seu modelo de negócio sem precisar de longos períodos de regularização junto ao BACEN? A resposta é bem mais simples do que se imagina.

A galinha dos ovos de ouro da vez é atuar como Correspondente Bancário de outros bancos para oferta de serviços financeiros que atendam ao modelo de negócio idealizado pela fintech. Assim, o longo processo de autorização junto ao BACEN não é necessário, pois quem deverá responder ao Banco Central do Brasil é o próprio banco que a fintech escolheu para atuar como Correspondente Bancário.

Inclusive, é o banco quem apresentará o contrato a ser firmado entre ele e a fintech, assim como fiscalizar a mesa quanto a sua atuação como Correspondente Bancário. Desta forma, a fintech conseguirá operar sua ideia, seu modelo de negócio, ofertando serviços financeiros de terceiros, sem a necessidade de obtenção de autorização junto ao Banco Central do Brasil.

O que se vê no mercado é a fintech estruturar um site e/ou aplicativo com layout friendly e, por trás do site/aplicativo, os serviços financeiros de bancos. Sim, de bancos, pois a fintech poderá ser Correspondente Bancário de mais de um banco, tornando-se uma espécie de marketplace de serviços financeiros.

A fintech normalmente é remunerada de duas formas, podendo ser por percentual sobre as operações realizadas e/ou por operações de triangulação de cédulas de crédito bancário. Assim, o empresário poderá testar seu negócio, ou seja, lançar um MVP de seus serviços para descobrir se irá ou não dar certo, sem a necessidade de autorizações junto ao Banco Central do Brasil. Sendo um resultado positivo, a fintech poderá requerer paralelamente sua autorização junto ao BACEN para operar serviços financeiros em nome próprio.

Este mercado também é visto com muito bons olhos por pequenos e médios bancos. Normalmente, estas instituições são as que mais possuem dificuldade de relacionamento e alcance de seus consumidores finais.

Desta forma, possuindo um Correspondente Bancário detentor de uma tecnologia inovadora que oferece os serviços do banco ao consumidor final, de forma mais friendly, acaba por gerar uma relação de ganha-ganha para as duas partes. Ganha a fintech, que não precisará obter sua autorização para testar seu negócio, e ganha o banco, que terão seus serviços maior alcance.

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Foto: Divulgação.

*Lopes é CEO do Silva | Lopes Advogados e Rosso é integrante da equipe do escritório.