Por Layon Lopes e Yago Ibias*
O ecossistema de startups está em franca expansão e a cada dia consolida-se mais e mais. Nos últimos anos, nosso país tem vivenciado o crescimento no surgimento de empresas nos setores de inovação e tecnologia.
Não por menos, outros setores também se mostram mais receptivos a modelos de negócio disruptivos, que surgem com novas ideias e soluções e possuem como característica principal a base na inovação e tecnologia. O grande volume de negócios deste tipo vem gerando um modelo de gestão mais atrativo para empreendedores e investidores, pois possuem baixo custo e alta potencialidade de crescimento.
Podemos citar como um bom exemplo dessa evolução do nosso ecossistema as primeiras startups que atingiram um valuation equivalente a mais de US$ 1 bilhão, e se tornaram os primeiros unicórnios do país. A primeira empresa a chegar nesse patamar foi o aplicativo 99, do setor de mobilidade urbana. Na sequência, o Nubank também se transformou em unicórnio, ao ser avaliado em mais de US$ 2 bilhões.
Embora venha demonstrando mais força em comparação a anos anteriores, o segmento ainda enfrenta obstáculos, principalmente em relação a investidores. Podemos dizer que o movimento empreendedor no Brasil ainda engatinha, se comparado com os movimentos norte-americano e europeu.
Entre os critérios fundamentais para empreendedores está o fomento da mentalidade empreendedora brasileira, sendo por meio do ensino ou de cases de sucesso. A carência de exemplos nacionais de startups com alta valorização no mercado também é considerado um dos fatores que desestimula os empreendedores, bem como os investidores que buscam apostar em empresas de tecnologia do país.
Porém, cabe ressaltar mais uma vez que o empreendedorismo nunca esteve tão em alta no país. Os brasileiros estão cada vez mais deixando suas sólidas carreiras tradicionais de lado para investir em modelo de negócios inovadores/disruptivos próprios, seja por necessidade ou por convicção.
Com o aquecimento do ecossistema e aumento de investidores e profissionais qualificados dispostos a arriscar incontáveis problemas a serem resolvidos, o Brasil acaba sendo um ótimo país para o desenvolvimento do empreendedorismo e desponta hoje como um dos países com grande potencial de crescimento para novos modelos de negócios.
Portanto, podemos dizer que existem duas realidades completamente distintas para as startups brasileiras. De um lado está o ambiente desfavorável para o empreendedorismo. Do lado oposto está o crescimento significativo de empreendedores e novos modelos de negócios. Este cenário é de fácil validação, pois basta trocar uma ideia com os fundadores das grandes startups brasileiras para perceber que determinados problemas geram grandes oportunidades no Brasil, o que acaba sendo mais raro nos países mais desenvolvidos.
Para um empreendedor, quanto maiores as dificuldades e a complexidade, melhores as possibilidades de desenvolver algo realmente novo/disruptivo, tendo um verdadeiro impacto na vida das pessoas. Nesse sentido, nosso país é um grande oceano de possibilidades, pois não são poucos os problemas à espera de uma solução.
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* Lopes é CEO do Silva | Lopes Advogados e Ibias é integrante da equipe do escritório.